Hoje quem vem nos fazer uma visita é um dos maiores bigriders da atualidade. Com 29 anos e varias viagens internacionais carimbadas no passaporte, é Dudu Pedra quem rouba a cena este mês na Liquide. Contando com os patrocínios da BSD, Que!, Tripler, Hydro e CT, Dudu topou bater um papo conosco e temos certeza que todos vão ficar amarradões em conhecer um pouco mais deste atleta que vem virando de ponta-cabeça o cenário do Bodyboarding brasileiro nos ultimos anos. Não é só por ter sido eleito o melhor bigrider da revista RideIt ou por ter sido campeão do Shorebreak Challenge, do Copa Rio Secret e do RioBB Pro em Itacoatiara num mar que muitos nem chegam perto: Pedra é ídolo pelo que faz pelo esporte dentro e fora dágua. Confira esta entrevista exclusiva e entenda o motivo.
Nessa ele tinha apenas 13 anos
"Comecei a surfar porque graças a Deus nasci em Itacoatiara, acho difícil alguém nascer aqui e não ser um bodyboarder!
Quando fiz 10 anos ganhei um bodyboard da minha irmã mais velha. Esse brinquedo tomou lugar de todos os outros que eu tinha na época... Acho que por isso nunca soube nem ligar um videogame!!"
Só lendo o parágrafo acima já da pra começar a ter uma noção do motivo pelo qual o cara faz o que faz hoje em dia. Somando a isso o fato de Dudu ter crescido surfando com gente de peso como José Otávio (que junto de Thiago Vilela, Felipe Perusin e Marcelo Freitas são os melhores bodyboarders do país no momento, na opinião do atleta), Giu Lara e Guilherme Correa, e se inspirando em gente como Paulo Esteves e Cristian Gianelle, começamos a ver como foi a formação da imagem de bigrider que Dudu tem hoje.
"Presto muita atenção nas conversas que rolam depois da caída, aprendo muito com o que meus amigos falam que fazem!!!
Não posso deixar de falar do Mike e do Tâmega, até hoje aprendo com os caras! Em relação a profissionalismo, só fui aprender o que é isso depois que comecei a viajar com os moleques do surf. Como se portar diante dos patrocinadores, buscar retorno, os moleques são exemplos e me ensinaram muito nessa área", completou Pedra.
Quando fiz 10 anos ganhei um bodyboard da minha irmã mais velha. Esse brinquedo tomou lugar de todos os outros que eu tinha na época... Acho que por isso nunca soube nem ligar um videogame!!"
Só lendo o parágrafo acima já da pra começar a ter uma noção do motivo pelo qual o cara faz o que faz hoje em dia. Somando a isso o fato de Dudu ter crescido surfando com gente de peso como José Otávio (que junto de Thiago Vilela, Felipe Perusin e Marcelo Freitas são os melhores bodyboarders do país no momento, na opinião do atleta), Giu Lara e Guilherme Correa, e se inspirando em gente como Paulo Esteves e Cristian Gianelle, começamos a ver como foi a formação da imagem de bigrider que Dudu tem hoje.
"Presto muita atenção nas conversas que rolam depois da caída, aprendo muito com o que meus amigos falam que fazem!!!
Não posso deixar de falar do Mike e do Tâmega, até hoje aprendo com os caras! Em relação a profissionalismo, só fui aprender o que é isso depois que comecei a viajar com os moleques do surf. Como se portar diante dos patrocinadores, buscar retorno, os moleques são exemplos e me ensinaram muito nessa área", completou Pedra.
Invergando a coluna, por Daniel Nunes
Clean, por Tojal
Ponta-cabeça , por Tony D'Andrea
Clean, por Tojal
Ponta-cabeça , por Tony D'Andrea
- Você e o Zé Otávio são dois dos maiores bigriders da atualidade. Existe aquela disputa amigável dentro dágua? E como um empurra o surfe do outro naquelas condições gigantes que vocês surfam com naturalidade?
- Cara, não existe disputa nenhuma... Quando o mar está realmente grande, quase não ficamos perto dentro da água, porque a movimentação é contínua... Quando há comunicação é por gritos ou gestos. Claro que quando um vê o outro tomando na cabeça, rola uma zuada!! O que puxa o limite é não querer ficar pra trás, não vejo como disputa, mas a maior da série tem que ser minha!!! (Risos)
Só pra complementar, eu sou fã do Otavio e só pelo fato de me compararem com ele, já to no lucro! Torço muito por esse cara!
- Cara, não existe disputa nenhuma... Quando o mar está realmente grande, quase não ficamos perto dentro da água, porque a movimentação é contínua... Quando há comunicação é por gritos ou gestos. Claro que quando um vê o outro tomando na cabeça, rola uma zuada!! O que puxa o limite é não querer ficar pra trás, não vejo como disputa, mas a maior da série tem que ser minha!!! (Risos)
Só pra complementar, eu sou fã do Otavio e só pelo fato de me compararem com ele, já to no lucro! Torço muito por esse cara!
Outra responsável direta pela lapidação do surfe de Dudu Pedra é a praia de Itacoatiara em Niterói (junto da Joatinga e de Saquarema, são os lugares que mais gosta de surfar) que, segundo o atleta, o preparou para o mundo. "Onde chego me adapto muito rápido e pego logo muita confiança. Mas meu surfe ainda está sendo moldado, tem muita coisa pra melhorar. Me considero novo ainda e me vejo com muita coisa pra aprender. Quero evoluir, no mínimo, mais uns 10 anos pela frente. NO MÍNIMO!!!", diz. No quesito viagens, já molhou a prancha em lugares como Hawaii, Tahiti (que foi o melhor lugar que já conheceu, onde, em sua opinião, estão as ondas mais poderosas do planeta e só não pega a onda da vida em Teahupoo quem nao quiser), México, Peru e Chile - tento sido quinto colocado no Mundial de Arica em 2005, diga-se de passagem. Dudu ainda sonha em rodar
paraísos como Indonésia e Fiji. "Conhecer essas ondas que parecem ser de mentira", brinca o atleta.
- Que tipo de retorno pessoal o esporte te dá?
- Surfar cedo, sozinho no Shock (fundo de pedra em Niterói)... Me rejuvenece um ano por caída! Conhecer pessoas em toda a parte tambem me faz muito bem!
paraísos como Indonésia e Fiji. "Conhecer essas ondas que parecem ser de mentira", brinca o atleta.
- Que tipo de retorno pessoal o esporte te dá?
- Surfar cedo, sozinho no Shock (fundo de pedra em Niterói)... Me rejuvenece um ano por caída! Conhecer pessoas em toda a parte tambem me faz muito bem!
Avalanche!
Quando se fala em Itacoatiara não tem como não falar da galera que se taca lá nos maiores dias, e Dudu, com certeza, é um deles. Sabendo disso, nós da Liquide mandamos para o atleta uma lista com algumas perguntas sobre tudo aquilo que envolve enfrentar as morras dágua niteroenses. Indagamos sobre o tipo de prancha que usa - "uma 40,5 pequena e grossa, para ter remada e agilidade ao mesmo tempo" -, além do tipo de preparação física e psicológica que o atleta tem. "Preparo físico é fundamental, mas acho que nesse caso, o psicológico toma conta de 80% da situação.
Faço um preparo de apnéia, corrida, subo o Costão correndo... E tenho uma confiaça enorme em Deus, que faz com que meu psicológico fique numa boa", conta Pedra.
- Com que objetivo surfa aqueles mares gigantes e o que passa na sua cabeça antes, durante e depois de um grande swell?
- Sinceramente, amo ondas grandes! Amo estar em um mar gigante onde olho para os lados e só vejo correntes e ondas explodindos nas pedras. É o momento que vejo que não sou nada. Não tenho força nenhuma! É quando medito sobre tudo na minha vida. Em todos os mares grandes que caí na minha vida, nunca saí insatisfeito.
O dia anterior a um swell grande é o que me deixa mais nervoso, sempre durmo mal. Minha cabeça não para!!! Mas, por incrível que pareça, no dia fico muito calmo. Acho que Deus me prepara para a situação. Fico cheio de uma felicidade que não me deixa ter medo.
Faço um preparo de apnéia, corrida, subo o Costão correndo... E tenho uma confiaça enorme em Deus, que faz com que meu psicológico fique numa boa", conta Pedra.
- Com que objetivo surfa aqueles mares gigantes e o que passa na sua cabeça antes, durante e depois de um grande swell?
- Sinceramente, amo ondas grandes! Amo estar em um mar gigante onde olho para os lados e só vejo correntes e ondas explodindos nas pedras. É o momento que vejo que não sou nada. Não tenho força nenhuma! É quando medito sobre tudo na minha vida. Em todos os mares grandes que caí na minha vida, nunca saí insatisfeito.
O dia anterior a um swell grande é o que me deixa mais nervoso, sempre durmo mal. Minha cabeça não para!!! Mas, por incrível que pareça, no dia fico muito calmo. Acho que Deus me prepara para a situação. Fico cheio de uma felicidade que não me deixa ter medo.
Noutro caminhão
Como os perrengues sempre fazem parte da vida, dentro e fora dágua, ficamos curiosos sobre os tipos de perrengue que botam medo num cara como Dudu Pedra dentro do mar. Abaixo estão os (tensos) relatos.
"Uma vez no Pampo, não tava muito grande, tomei uma onda bem pesada na cabeça e meus dois pés de patos saíram e se embolaram, ou seja, minhas pernas ficaram presas! Para piorar a situação e leash enrolou também na minha canela. Imagine eu num caldo, com as pernas inutilizadas e meu bíceps encostado na batata da perna... Foi punk!!! Só tinha o braço esquerdo solto, e rodava como um pião! Tentei soltar o leash mas não consegui... Cheguei a relaxar porque ví que qualquer esforço seria inútil e só me deixaria mais cansado. Imaginei que a onda de trás já estivesse pra quebrar, e talvez poderia me desembolar! Mas Graças a Deus uma corrente de espuma veio por baixo e me levantou dando pra eu pegar um pouquiiiinho de ar, mas a de trás, graças a Deus também, foi maior e explodiu em cima de mim e soltou tudo que tava preso!!! (Risos) Quase morri nesse dia e não tinha ninguém me vendo!!!
Uma vez em Pipe, fiquei até a noite dentro da água num marzinho sinistro... Peguei uma onda achando que podia ser boa, mas foi uma fechadeira que me explodiu e também passei um perrengue com o estrepe!!! Por isso não uso mais essa budega hoje em dia!!! (Risos)
- Pensa em investir na carreira fora do Brasil, por exemplo, na Europa ou Australia?
- Não, amo Itacoatiara e consigo trabalhar bem aqui.
"Uma vez no Pampo, não tava muito grande, tomei uma onda bem pesada na cabeça e meus dois pés de patos saíram e se embolaram, ou seja, minhas pernas ficaram presas! Para piorar a situação e leash enrolou também na minha canela. Imagine eu num caldo, com as pernas inutilizadas e meu bíceps encostado na batata da perna... Foi punk!!! Só tinha o braço esquerdo solto, e rodava como um pião! Tentei soltar o leash mas não consegui... Cheguei a relaxar porque ví que qualquer esforço seria inútil e só me deixaria mais cansado. Imaginei que a onda de trás já estivesse pra quebrar, e talvez poderia me desembolar! Mas Graças a Deus uma corrente de espuma veio por baixo e me levantou dando pra eu pegar um pouquiiiinho de ar, mas a de trás, graças a Deus também, foi maior e explodiu em cima de mim e soltou tudo que tava preso!!! (Risos) Quase morri nesse dia e não tinha ninguém me vendo!!!
Uma vez em Pipe, fiquei até a noite dentro da água num marzinho sinistro... Peguei uma onda achando que podia ser boa, mas foi uma fechadeira que me explodiu e também passei um perrengue com o estrepe!!! Por isso não uso mais essa budega hoje em dia!!! (Risos)
- Pensa em investir na carreira fora do Brasil, por exemplo, na Europa ou Australia?
- Não, amo Itacoatiara e consigo trabalhar bem aqui.
Mirando
Dudu Pedra foi um dos protagonistas da grande mudança que o Bodyboarding brasileiro passou há alguns poucos anos com o lançamento dos vídeos da série Que! - Experiência, Mutação e Ideologia. Todos que vivenciaram esta época têm a noção que tudo que foi mostrado foi um divisor de águas para o esporte em âmbito nacional e que teve relação direta na mudança de atitude de muitos atletas dentro dágua. Pensando nisso, pedimos o ponto de vista de Dudu sobre esta questão e perguntamos como ele lida com o fato de ser ídolo de mais de uma geração de bodyboarders, além das implicações disso em sua vida pessoal e profissional.
"Os filmes marcaram uma geração e mostravam como era a nossa vida naquela época. Acho que foi uma fase importantíssima para o esporte, pois de certa forma criamos ídolos, e isso é fundamental para uma geração que quer iniciar em um esporte! Mas aquilo tudo passou e hoje estamos muito melhores, mais evoluidos tanto dentro quanto fora da água. Hoje somos mais maduros, com muitos planos e acho que muita coisa boa estar pra acontecer por aí!
Fico feliz quando uma pessoa reconhece meu trabalho, faço de tudo pra ser um bom exemplo, principalmente pra molecada!
Vivo pra incentivar as pessoas, regar os sonhos dos outros... Hoje eu vivo o que sempre sonhei! Ganho pra surfar e mostrar que existe um estilo de vida saudável com o esporte... Quer mais que isso?
"Os filmes marcaram uma geração e mostravam como era a nossa vida naquela época. Acho que foi uma fase importantíssima para o esporte, pois de certa forma criamos ídolos, e isso é fundamental para uma geração que quer iniciar em um esporte! Mas aquilo tudo passou e hoje estamos muito melhores, mais evoluidos tanto dentro quanto fora da água. Hoje somos mais maduros, com muitos planos e acho que muita coisa boa estar pra acontecer por aí!
Fico feliz quando uma pessoa reconhece meu trabalho, faço de tudo pra ser um bom exemplo, principalmente pra molecada!
Vivo pra incentivar as pessoas, regar os sonhos dos outros... Hoje eu vivo o que sempre sonhei! Ganho pra surfar e mostrar que existe um estilo de vida saudável com o esporte... Quer mais que isso?
Infelizmente vejo muita gente que tem muito talento, mas mija esse talento nos banheiros das noitadas! Sei que poderiam estar muito melhores do que são... Já vivi essa loucura e posso falar. Depois que levei o esporte a sério, ele também me levou a sério e não tenho nada que reclamar", disse Pedra.
Já que tocamos no assunto molecada, para quem não sabe Dudu tem uma escolinha de Bodyboarding na praia de Itacoatiara. Quem não ia querer a oportunidade de ter seus primeiros passos no esporte guiados por este bigrider? Aqueles que já viram ele dando aula sabem que é um professor que não dá mole pros alunos. Pedimos que o atleta falasse um pouco sobre essa nobre atividade que exerce.
"A Itacoatiara Bodyboarding Crew é uma família que me faz muito bem. Não faço por dinheiro, prova disso é ter uma mensalidade praticamente simbólica. Passo pra galera o que aprendo no esporte, tento mostrar os melhores caminhos. Incentivo todos (inclusive as meninas) a serem bodyboarders de onda grande, por isso pego bem pesado nos treinos. Muitos não aguentam e fazem só uma aula. (Risos)
O fato de eu ser juiz de bodyboard enriquece muito também o nosso treino, pois mostro o que os juizes gostam de ver em uma bateria. Quero ter esse "trabalho" pro resto da minha vida", relata Dudu Pedra.
Já que tocamos no assunto molecada, para quem não sabe Dudu tem uma escolinha de Bodyboarding na praia de Itacoatiara. Quem não ia querer a oportunidade de ter seus primeiros passos no esporte guiados por este bigrider? Aqueles que já viram ele dando aula sabem que é um professor que não dá mole pros alunos. Pedimos que o atleta falasse um pouco sobre essa nobre atividade que exerce.
"A Itacoatiara Bodyboarding Crew é uma família que me faz muito bem. Não faço por dinheiro, prova disso é ter uma mensalidade praticamente simbólica. Passo pra galera o que aprendo no esporte, tento mostrar os melhores caminhos. Incentivo todos (inclusive as meninas) a serem bodyboarders de onda grande, por isso pego bem pesado nos treinos. Muitos não aguentam e fazem só uma aula. (Risos)
O fato de eu ser juiz de bodyboard enriquece muito também o nosso treino, pois mostro o que os juizes gostam de ver em uma bateria. Quero ter esse "trabalho" pro resto da minha vida", relata Dudu Pedra.
Mais uma
Entre fãs
Entre fãs
- Quem vem se destacando na nova geração, tanto em Itacoatiara como no Brasil, na sua opinião
- Vou começar pelos novos marmanjos... Na competição, acho que o Francisley (Ferreira) está sinistro! Surfe muito sólido! O Renê (Xavier) da Bahia também!!! Como freesurfers acho o (Felipe) Malek e o Ednom (Júnior) sinistrassos!!!
Agora falando dos mais novos mesmo, só de Itacoatiara tem uma molecada MUITO INSANA!!! Mas os primeiros nomes a despontarem serão do Kalani Souza e João Zik!! Esses estão quebrando tudo!!
Nosso foco nas perguntas agora vai para o lado das competições e da situação do esporte do ponto de vista do atleta, além de alguns outros tópicos relacionados a isso. Primeiro de tudo, quisemos saber o por que de quase nao vermos o bodyboarder competindo, e ele nos admitiu: "infelizmente, não sei surfar onda ruim. Eu corria o RioBB Pro, tentei correr a Copa Rio, cheguei a ganhar uma etapa com ondas de meio metro no Secret do Recreio dos Bandeirantes. Fiz uma final em um mar bisonho (menos de meio metro) na Barra da Tijuca, tipo assim, me dediquei mesmo!!! Mas me decepcionei com uma decisão que eles tomaram em uma etapa, e para não ficar participando e falando mal por ai, preferí não participar! Os caras fazem um trabalho animal!!! Não estou falando mal deles, apenas não me enquadro nesse tipo de visão."
- Vou começar pelos novos marmanjos... Na competição, acho que o Francisley (Ferreira) está sinistro! Surfe muito sólido! O Renê (Xavier) da Bahia também!!! Como freesurfers acho o (Felipe) Malek e o Ednom (Júnior) sinistrassos!!!
Agora falando dos mais novos mesmo, só de Itacoatiara tem uma molecada MUITO INSANA!!! Mas os primeiros nomes a despontarem serão do Kalani Souza e João Zik!! Esses estão quebrando tudo!!
Nosso foco nas perguntas agora vai para o lado das competições e da situação do esporte do ponto de vista do atleta, além de alguns outros tópicos relacionados a isso. Primeiro de tudo, quisemos saber o por que de quase nao vermos o bodyboarder competindo, e ele nos admitiu: "infelizmente, não sei surfar onda ruim. Eu corria o RioBB Pro, tentei correr a Copa Rio, cheguei a ganhar uma etapa com ondas de meio metro no Secret do Recreio dos Bandeirantes. Fiz uma final em um mar bisonho (menos de meio metro) na Barra da Tijuca, tipo assim, me dediquei mesmo!!! Mas me decepcionei com uma decisão que eles tomaram em uma etapa, e para não ficar participando e falando mal por ai, preferí não participar! Os caras fazem um trabalho animal!!! Não estou falando mal deles, apenas não me enquadro nesse tipo de visão."
No quintal de casa
- Um campeonato inesquecível na sua opinião. E um freesurf também.
- O Rio Bodyboarding Pro que venci em Itacoatiara foi, sem dúvidas, o mais marcante pra mim! O free surf melhor da minha vida foi com o Gordo (Felipe Cesarano) em Teahupoo num final de tarde. Só eu e ele na água com uns 6 a 8 pés PERFEITOS. Nunca peguei tanta onda que valia nota dez na minha vida!!
Perguntamos também como Dudu via a situação do esporte - profissional, amador e freesurf - no Brasil, e o que ele pensava do fato de muita gente - citamos Hardi Botinho como exemplo - ter sido obrigada a se distanciar do cenário por não conseguir viver do esporte, apesar do talento enorme que possuem.
"O Bodyboarding está melhor do que quando eu comecei. O crescimento é evidente no país. Hoje temos três estapas de mundial só no Brasil. São mais de 12 pelo mundo. Os circuitos locais estão crescendo também (Copa Rio, ACBB, ABBN), acho que vários fatores estão colaborando para esse crescimento. Mas o mais importante, acho que são esses perfis que são postados na internet diariamente. Equipes como PRONE, Portal Que!, Liquide, The Vigia, entre outros, têm divulgado o BOM BODYBOARDING e nomes de atletas amadores estão sendo explanados para o Brasil e mundo. Isso mostra o nosso potencial e força!
Quanto à outra questão levantada, na época do Botinho, por exemplo,
O esporte não oferecia condições pra ninguém viver somente dele. É dificil falar por outras pessoas, não conheço as dificuldades. Eu insisti e hoje vivo bem com meus patrocínios. Comprei meu carro, estou construindo minha casa. Tudo com dinheiro de patrocínio! Fiz uma prancha muito boa na BSD que graças a Deus vende muito bem! Cara, hoje estamos crescendo e se der mole muita gente vai voltar a viver também do bodyboarding", falou Pedra.
- O Rio Bodyboarding Pro que venci em Itacoatiara foi, sem dúvidas, o mais marcante pra mim! O free surf melhor da minha vida foi com o Gordo (Felipe Cesarano) em Teahupoo num final de tarde. Só eu e ele na água com uns 6 a 8 pés PERFEITOS. Nunca peguei tanta onda que valia nota dez na minha vida!!
Perguntamos também como Dudu via a situação do esporte - profissional, amador e freesurf - no Brasil, e o que ele pensava do fato de muita gente - citamos Hardi Botinho como exemplo - ter sido obrigada a se distanciar do cenário por não conseguir viver do esporte, apesar do talento enorme que possuem.
"O Bodyboarding está melhor do que quando eu comecei. O crescimento é evidente no país. Hoje temos três estapas de mundial só no Brasil. São mais de 12 pelo mundo. Os circuitos locais estão crescendo também (Copa Rio, ACBB, ABBN), acho que vários fatores estão colaborando para esse crescimento. Mas o mais importante, acho que são esses perfis que são postados na internet diariamente. Equipes como PRONE, Portal Que!, Liquide, The Vigia, entre outros, têm divulgado o BOM BODYBOARDING e nomes de atletas amadores estão sendo explanados para o Brasil e mundo. Isso mostra o nosso potencial e força!
Quanto à outra questão levantada, na época do Botinho, por exemplo,
O esporte não oferecia condições pra ninguém viver somente dele. É dificil falar por outras pessoas, não conheço as dificuldades. Eu insisti e hoje vivo bem com meus patrocínios. Comprei meu carro, estou construindo minha casa. Tudo com dinheiro de patrocínio! Fiz uma prancha muito boa na BSD que graças a Deus vende muito bem! Cara, hoje estamos crescendo e se der mole muita gente vai voltar a viver também do bodyboarding", falou Pedra.
Outra bomba mexicana
Questionamos o atleta se ele sabe o que aconteceu com o prêmio que seria dado ao bodyboarder que surfasse a maior onda em 2008. "Sinceramente, não! Pelo que sei os caras não abandonaram o que prometeram, só estavam enrolados com outras coisas do trabalho, mas parece que já estão agilizando a entrega e vão iniciar um outro desafio, parece que maior... Eu quero muito que role logo esse prêmio!!! Me vejo com excelentes chances e preciso do dinheiro pra terminar a minha obra", respondeu Dudu Pedra.
- Para onde você acha que o bodyboarding no Brasil esta caminhando?
- A crise mundial foi o maior presente que nós ganhamos! Hoje fazer um evento de bodyboard custa muito menos que fazer um de surf e nós damos o mesmo retorno. Por isso, vejo as grandes marcas abrindo as portas para nós e acho que o preconceito que havia está caindo por terra, e logo logo ganharemos um espaço e reconhecimento no grande mercado mundial! Isso já está acontecendo.
Para finalizar esse assunto competição, pedimos ao Dudu para que desse sua fórmula ideal para que o bodyboarding brasileiro decolasse de uma vez. "Temos que trabalhar em cima do que temos de bom! Usar a criatividade e o otimismo! Somos a vitrine do que vivemos, logo, temos que vender bem isso... Vejo muita gente "profissional" que só sabe reclamar e não dá o gás para que seu próprio surfe evolua! Acho que o cara tem que acreditar ou não na parada. Acreditar, vestir a camisa, correr atrás e trabalhar. Acho que ficar resmungando só queima o filme pra quem não conhece.
A fórmula é essa, foque no que é bom, trabalhe em cima disso e exclua da sua vida o que é ruim! Acredito que logo logo as empresas estarão patrocinando esses podcasts... Acho que será a melhor forma de vender o bom bodyboarding! Assim cresceremos para todos os lados", disse o bodyboarder.
- O que você se vê fazendo depois que nao tiver mais condições físicas de pegar onda de bodyboarding?
- Ensinar e viver o bodyboard por outro ângulo. Organizando uns campeonatos, representando marcas.. Sei lá, me dou bem com vendas!
- Para onde você acha que o bodyboarding no Brasil esta caminhando?
- A crise mundial foi o maior presente que nós ganhamos! Hoje fazer um evento de bodyboard custa muito menos que fazer um de surf e nós damos o mesmo retorno. Por isso, vejo as grandes marcas abrindo as portas para nós e acho que o preconceito que havia está caindo por terra, e logo logo ganharemos um espaço e reconhecimento no grande mercado mundial! Isso já está acontecendo.
Para finalizar esse assunto competição, pedimos ao Dudu para que desse sua fórmula ideal para que o bodyboarding brasileiro decolasse de uma vez. "Temos que trabalhar em cima do que temos de bom! Usar a criatividade e o otimismo! Somos a vitrine do que vivemos, logo, temos que vender bem isso... Vejo muita gente "profissional" que só sabe reclamar e não dá o gás para que seu próprio surfe evolua! Acho que o cara tem que acreditar ou não na parada. Acreditar, vestir a camisa, correr atrás e trabalhar. Acho que ficar resmungando só queima o filme pra quem não conhece.
A fórmula é essa, foque no que é bom, trabalhe em cima disso e exclua da sua vida o que é ruim! Acredito que logo logo as empresas estarão patrocinando esses podcasts... Acho que será a melhor forma de vender o bom bodyboarding! Assim cresceremos para todos os lados", disse o bodyboarder.
- O que você se vê fazendo depois que nao tiver mais condições físicas de pegar onda de bodyboarding?
- Ensinar e viver o bodyboard por outro ângulo. Organizando uns campeonatos, representando marcas.. Sei lá, me dou bem com vendas!
Na piscina
Para fechar esta entrevista, a Liquide quis saber se havia algum filme novo a caminho do mercado brasileiro e Dudu respondeu que o videomaker Gustavo Camarão ainda tem muita coisa nas mãos que não liberou, tanto dele quanto do José Otávio, além do fato do Iuri do Prone possuir muitas imagens da galera em Itacoa também - "Quando vai ser, não sei. Mas a hora que sair, vai SHOCAR!!".
Pedimos para Dudu falar um pouco dos seus planos para o ano de 2010 e ele disse que sempre que termina o ano, analisa o que fez e tenta melhorar no próximo. "Em 2009 consegui fazer muita coisa, vendí bem minha imagem e a dos meus patrocinadores e quero fazer isso em dobro pra 2010. Com viagens, campeonatos, e muito freesurf do jeito que tem que ser!
To muito otimista com essa fase, minha e do esporte, e não vou perder a oportunidade de crescer!
No mais, prefiro ficar calado e trabalhar! Só digo que os chilenos amaram minha prancha, quero dar um jeito de vende-las pra fora do país também", completa Dudu Pedra.
Pedimos para Dudu falar um pouco dos seus planos para o ano de 2010 e ele disse que sempre que termina o ano, analisa o que fez e tenta melhorar no próximo. "Em 2009 consegui fazer muita coisa, vendí bem minha imagem e a dos meus patrocinadores e quero fazer isso em dobro pra 2010. Com viagens, campeonatos, e muito freesurf do jeito que tem que ser!
To muito otimista com essa fase, minha e do esporte, e não vou perder a oportunidade de crescer!
No mais, prefiro ficar calado e trabalhar! Só digo que os chilenos amaram minha prancha, quero dar um jeito de vende-las pra fora do país também", completa Dudu Pedra.
Em casa
"Dudu é um grande amigo, daqueles que você pode contar pra todas as horas, na alegria e na tristeza, que nem casamento!! Amizade é amizade né?!
Dentro da água ele foi um dos maiores responsaveis pelo sucesso dos vídeos da QUE! Bigrider nato, sempre se motivou com minhas pilhas!!! Naqueles mares gigantes e tortos mas com um terralzinho pra animar, eu sempre dizia: "Galera, acho que vale a pena, vai que pega um tubão!" E ele sempre ia!!! Volta e meia era recompensado com um tubo gigante ou uma manobra estratosférica. Com a imagem garantida era só sair pra comemorar e tentar materializar como ficaria o clipe no final do ano, que era a época que lançavamos os vídeos. Época boa aquela!
Só tenho a agradecer por ter DUDU PEDRA como amigo, sou fã de carteirinha desse cara. Já faz pelo menos 10 anos que somos grandes amigos, espero que seja assim até ficarmos bem velhos e poder relembrar tudo que passamos juntos, é muita história pra contar!!!!
Valeu Peeeeedra!"
Gustavo Camarão, videomaker e dono do Portal Que!
"O Dudu é meu camarada de anos!!! Surfamos juntos desde os meus 14 e a galera já era unida desde o inicio dos anos 90. Dudu, David, Otavio, Paulo de Castro, Bolinha, Cocoon. E o Pedra sempre foi um dos que mais surfava. O cara já quebrava muito e ainda se jogava!!! Desde muleque, enquanto competiamos, sempre foi destaque, principalmente nos dias grandes. Apesar disso, era meu eterno freguês, seja na marola ou nas grandes. Até hoje em dia continua assim!!! (Risos)
Surfar com ele na época do Experiência e Mutação foi bom demais. Ele com certeza era um dos que puxava ainda mais o limite da galera nos dias grandes. Sempre tirando os melhores tubos!!!
Já tive oportunidade de viajar para fora do país com ele (México), e torço muito para fazermos outras trips.
É isso galera!!! Dudu é o cara!!! Meu camaradaço de todas as horas!!!
Thiago Vilela, atleta profissional
As fotos que ilustram esta entrevista são do arquivo pessoal do atleta.
(Por orientação do mesmo, foram retirados de seu perfil no Orkut. Algumas tinham os créditos, outras não. Quem souber os créditos das que não possuem, favor avisar nos comentários)
A Liquide agradece.
Dentro da água ele foi um dos maiores responsaveis pelo sucesso dos vídeos da QUE! Bigrider nato, sempre se motivou com minhas pilhas!!! Naqueles mares gigantes e tortos mas com um terralzinho pra animar, eu sempre dizia: "Galera, acho que vale a pena, vai que pega um tubão!" E ele sempre ia!!! Volta e meia era recompensado com um tubo gigante ou uma manobra estratosférica. Com a imagem garantida era só sair pra comemorar e tentar materializar como ficaria o clipe no final do ano, que era a época que lançavamos os vídeos. Época boa aquela!
Só tenho a agradecer por ter DUDU PEDRA como amigo, sou fã de carteirinha desse cara. Já faz pelo menos 10 anos que somos grandes amigos, espero que seja assim até ficarmos bem velhos e poder relembrar tudo que passamos juntos, é muita história pra contar!!!!
Valeu Peeeeedra!"
Gustavo Camarão, videomaker e dono do Portal Que!
"O Dudu é meu camarada de anos!!! Surfamos juntos desde os meus 14 e a galera já era unida desde o inicio dos anos 90. Dudu, David, Otavio, Paulo de Castro, Bolinha, Cocoon. E o Pedra sempre foi um dos que mais surfava. O cara já quebrava muito e ainda se jogava!!! Desde muleque, enquanto competiamos, sempre foi destaque, principalmente nos dias grandes. Apesar disso, era meu eterno freguês, seja na marola ou nas grandes. Até hoje em dia continua assim!!! (Risos)
Surfar com ele na época do Experiência e Mutação foi bom demais. Ele com certeza era um dos que puxava ainda mais o limite da galera nos dias grandes. Sempre tirando os melhores tubos!!!
Já tive oportunidade de viajar para fora do país com ele (México), e torço muito para fazermos outras trips.
É isso galera!!! Dudu é o cara!!! Meu camaradaço de todas as horas!!!
Thiago Vilela, atleta profissional
As fotos que ilustram esta entrevista são do arquivo pessoal do atleta.
(Por orientação do mesmo, foram retirados de seu perfil no Orkut. Algumas tinham os créditos, outras não. Quem souber os créditos das que não possuem, favor avisar nos comentários)
A Liquide agradece.