Esquerdona ruim...
Fala galera, hoje que atravessa alguns oceanos para chegar aqui na Liquide é Yoan
Florantin, de 21 anos e patrocinado pela Sniper, oriundo de uma pequena ilha
francesa no meio do Oceano Pacífico, a Ilha Reunião, um lugar que, nas palavras do
bodyboarder, é "interessante e perfeito para se viver e surfar, onde temos ondas
quase o ano todo. Muito sol, agua quente e tem várias bancadas de coral que formam
ondas muito manobráveis."
Curiosos sobre como está a situaçao do esporte pelo mundo, perguntamos para nosso
convidado como o bodyboarding está caminhando na França e ele respondeu que, assim
como na maioria dos países, o BB lá é muito menos popular que o surfe, "o que, é
claro, significa menos negócios e interesse da mídia, gerando, por fim, menos
reconhecimento". Apesar disso, afirmou ser muito orgulhoso de ser um bodyboarder
francês e muito grato também pelo fato do esporte lhe dar tantas oportunidades
"para viajar mundo afora, conhecer pessoas fantásticas e compartilhar com elas
muitas experiências de vida.
-Tubo ou manobra?
- Os dois! A onda perfeita pra mim tem que ter tubo e manobras.
Florantin, de 21 anos e patrocinado pela Sniper, oriundo de uma pequena ilha
francesa no meio do Oceano Pacífico, a Ilha Reunião, um lugar que, nas palavras do
bodyboarder, é "interessante e perfeito para se viver e surfar, onde temos ondas
quase o ano todo. Muito sol, agua quente e tem várias bancadas de coral que formam
ondas muito manobráveis."
Curiosos sobre como está a situaçao do esporte pelo mundo, perguntamos para nosso
convidado como o bodyboarding está caminhando na França e ele respondeu que, assim
como na maioria dos países, o BB lá é muito menos popular que o surfe, "o que, é
claro, significa menos negócios e interesse da mídia, gerando, por fim, menos
reconhecimento". Apesar disso, afirmou ser muito orgulhoso de ser um bodyboarder
francês e muito grato também pelo fato do esporte lhe dar tantas oportunidades
"para viajar mundo afora, conhecer pessoas fantásticas e compartilhar com elas
muitas experiências de vida.
-Tubo ou manobra?
- Os dois! A onda perfeita pra mim tem que ter tubo e manobras.
Essa é sem palavras
Yoan, para quem nao conhece, se tornou mais popular no meio do bodyboarding através do
chamado projeto Focus (vocês podem conferir seu perfil no fim dessa entrevista),
uma associação livre criada por alguns amigos e que tem a intenção de promover a
ilha em si, o esporte local e os bodyboarders propriamente ditos, como nos disse o
atleta. "Através do projeto Focus é muito mais facil para os atletas serem
conhecidos e conseguir patrocinadores e/ou algum tipo de ajuda financeira que
contribuirá em muito para alavancar suas carreiras. É óbvio que eu estou muito
feliz e orgulhoso por fazer parte desse projeto, acho que eles fazem um otimo
trabalho e eu agradeço muito por isso", contou Florantin.
-Antes do projeto Focus, os picos propícios para o nosso esporte nas Ilhas Reunião não eram tão
conhecidos pela maioria dos bodyboarders aqui do Brasil. Você pode nos contar um
pouco mais sobre os picos daí?
-A onda de Saint Leu, situada na costa oeste da ilha, já é conhecida por muitas
pessoas pelo globo, mas o projeto Focus Prod DVD também está aí para provar que
nos temos uma boa quantidade de outros picos muito bons na nossa ilha, que nao são
tão crowdeados e são tão perfeitos quanto.
Outro fator curioso sobre o cotidiano dos bodyboarders da Ilha Reunião é que lá os
tubarões são facilmente avistados e nem todos os picos são liberados para
a prática de esportes. Aproveitamos e perguntamos para o atleta como é surfar num
lugar assim. "As Ilhas Reunião se localizam no Oceano Índico, então é claro que
temos tubarões aqui. O problema é o mesmo na Australia ou África do Sul, e em
tantos outros lugares, então o que temos que fazer é respeitar algumas regras,
como por exemplo, não surfar após chuvas fortes e quando os oceanos ficam
carregados de matéria orgânica depois do aumento do nível dos rios. Também é
recomendado não surfar muito tarde ou muito cedo. Apenas 1/3 da nossa costa é
surfavel, o resto é muito selvagem e considerado muito perigoso.
A maioria de nossos melhores picos ficam para o Oeste e para o Sul, onde se encontram
as praias de areia, lagoas e recifes, enquanto a costa Leste é considerada mais
perigosa e selvagem, em grande parte devido aos tubarões. Ainda assim, tem alguns locais
loucos que estão sempre preparados pra surfar estes picos tensos quando estiver
clássico. Infelizmente nós temos alguns ataques desses animais no resto da ilha. Eu
particularmente já avistei um durante um campeonato, foi uma experiência sinistra!
De acordo com as estatísticas, é possivel dizer que ocorre pelo menos um acidente
com tubarões por ano aqui", relatou Florantin.
chamado projeto Focus (vocês podem conferir seu perfil no fim dessa entrevista),
uma associação livre criada por alguns amigos e que tem a intenção de promover a
ilha em si, o esporte local e os bodyboarders propriamente ditos, como nos disse o
atleta. "Através do projeto Focus é muito mais facil para os atletas serem
conhecidos e conseguir patrocinadores e/ou algum tipo de ajuda financeira que
contribuirá em muito para alavancar suas carreiras. É óbvio que eu estou muito
feliz e orgulhoso por fazer parte desse projeto, acho que eles fazem um otimo
trabalho e eu agradeço muito por isso", contou Florantin.
-Antes do projeto Focus, os picos propícios para o nosso esporte nas Ilhas Reunião não eram tão
conhecidos pela maioria dos bodyboarders aqui do Brasil. Você pode nos contar um
pouco mais sobre os picos daí?
-A onda de Saint Leu, situada na costa oeste da ilha, já é conhecida por muitas
pessoas pelo globo, mas o projeto Focus Prod DVD também está aí para provar que
nos temos uma boa quantidade de outros picos muito bons na nossa ilha, que nao são
tão crowdeados e são tão perfeitos quanto.
Outro fator curioso sobre o cotidiano dos bodyboarders da Ilha Reunião é que lá os
tubarões são facilmente avistados e nem todos os picos são liberados para
a prática de esportes. Aproveitamos e perguntamos para o atleta como é surfar num
lugar assim. "As Ilhas Reunião se localizam no Oceano Índico, então é claro que
temos tubarões aqui. O problema é o mesmo na Australia ou África do Sul, e em
tantos outros lugares, então o que temos que fazer é respeitar algumas regras,
como por exemplo, não surfar após chuvas fortes e quando os oceanos ficam
carregados de matéria orgânica depois do aumento do nível dos rios. Também é
recomendado não surfar muito tarde ou muito cedo. Apenas 1/3 da nossa costa é
surfavel, o resto é muito selvagem e considerado muito perigoso.
A maioria de nossos melhores picos ficam para o Oeste e para o Sul, onde se encontram
as praias de areia, lagoas e recifes, enquanto a costa Leste é considerada mais
perigosa e selvagem, em grande parte devido aos tubarões. Ainda assim, tem alguns locais
loucos que estão sempre preparados pra surfar estes picos tensos quando estiver
clássico. Infelizmente nós temos alguns ataques desses animais no resto da ilha. Eu
particularmente já avistei um durante um campeonato, foi uma experiência sinistra!
De acordo com as estatísticas, é possivel dizer que ocorre pelo menos um acidente
com tubarões por ano aqui", relatou Florantin.
Outro
-Mulher muito gostosa ou ondas gigantes?
-Aqui nas Ilhas Reunião nós não temos ondas realmente sinistras, exceto durante
swells ciclônicos que ocorrem uma ou duas vezes por ano, então eu digo
que prefiro um belo rabo. Até porque nossos picos são mais voltados para
combinações de manobras do que tubões gigantes.
No quesito viagens, queríamos saber de Yoan se ele conhecia a América do Sul e se
havia alguma viagem que ele tenha feito que fosse se lembrar para sempre. "Eu
nunca surfei na América do Sul, apesar de querer muito. É bastante longe e muito
caro para ir praí vindo das Ilhas Reunião, ainda assim eu ouvi sobre alguns picos
doidos como El Gringo no Chile onde ocorre o campeonato da IBA todo ano. Mais
recentemente ouvi também sobre alguns bons triângulos no Peru. Claro que gostaria
muito de ter oportunidade de surfar essas ondas e espero um dia poder realizar
esse sonho. Quanto à viagem inesquecível posso afirmar que foi no dia quatro de
março de 2006! Um grande e perfeito swell ciclônico nos presenteou por aqui. O
lugar era na costa norte e só rola sob essas condições. Estava grande e perfeito,
todo mundo testou seus limites neste dia épico!", contou o bodyboarder.
-Aqui nas Ilhas Reunião nós não temos ondas realmente sinistras, exceto durante
swells ciclônicos que ocorrem uma ou duas vezes por ano, então eu digo
que prefiro um belo rabo. Até porque nossos picos são mais voltados para
combinações de manobras do que tubões gigantes.
No quesito viagens, queríamos saber de Yoan se ele conhecia a América do Sul e se
havia alguma viagem que ele tenha feito que fosse se lembrar para sempre. "Eu
nunca surfei na América do Sul, apesar de querer muito. É bastante longe e muito
caro para ir praí vindo das Ilhas Reunião, ainda assim eu ouvi sobre alguns picos
doidos como El Gringo no Chile onde ocorre o campeonato da IBA todo ano. Mais
recentemente ouvi também sobre alguns bons triângulos no Peru. Claro que gostaria
muito de ter oportunidade de surfar essas ondas e espero um dia poder realizar
esse sonho. Quanto à viagem inesquecível posso afirmar que foi no dia quatro de
março de 2006! Um grande e perfeito swell ciclônico nos presenteou por aqui. O
lugar era na costa norte e só rola sob essas condições. Estava grande e perfeito,
todo mundo testou seus limites neste dia épico!", contou o bodyboarder.
Olha o pombo ali
-Gostaríamos de saber como os bodyboarders brasileiros são vistos na França.
-Na minha opinião os bodyboarders brasileiros são excepcionais. Eu tomei
conhecimento deles durante a etapa européia do campeonato da IBA este ano: Eder
Luciano, Lucas Nogueira, Uri Valadão, Flávio Rodriguez... Todos muito competitivos
e com um estilo diferenciado e espetacular, extremamente técnicos até mesmo nas
pequenas ondas do campeonato. Esses caras parecem dar sempre o máximo que podem
durante o surfe.
Perguntamos também quem eram os caras com que Florantin surfava no seu dia-a-dia,
e ele nos disse que eram pessoas de peso tais como Amaury Lavernhe - que está
no Top 10 -, Laury Grenier, Charly Chapelet e Raphael Rajerinera (todos eles têm
perfis no Focus também). "Na França temos bons atletas, pegue como exemplo meus
amigos Amaury Lavernhe e Pierre Louis-Costes, que sao dois ótimos bodyboarders e que
podem se tornar campeoes mundiais um dia! Isso com certeza te dá real motivação
para se superar nas ondas. Tem muita gente por aqui em níveis elevados de
técnica. Nós também temos uma nova geraçao que está chamando atenção,
algumas daquelas crianças são excelentes, uma delas tem apenas 13 anos de idade,
Clement Lodheo. Ele é o campeão francês na sua categoria este ano, e talvez mais
avançado do que PLC era nessa idade. Não esqueçam de seu nome, pois muito em breve
poderam ouvir falar dele...", afirmou.
Pedimos para que o bodyboarder dissesse como enxerga o esporte daqui uns anos, e
ele disse que "com o uso do jetski tudo parece ser possível. Por enquanto eu ainda
nao pude fazer tow ins ou outs mas eu espero que minha vez chegue logo. Agora,
para o futuro, eu espero honestamente que o bodyboarding se torne mais e mais
popular e tenha mais impacto no mundo dos esportes."
"Agradeço a Liquide por fazer esta entrevista. Agradeço também a Sniper, meu
patrocinador, pela grande ajuda que têm me dado. Eu desejo a todos vocês ótimas
ondas e se um dia quiserem aparecer por aqui é só falar!"
Nós é que agradecemos.
As fotos que ilustram esta entrevista foram cedidas pelo próprio atleta e aquelas
que têm "David Fever" ao lado do nosso logo foram cedidas pelo nosso amigo da
Spongercity e também fotógrafo David.
-Na minha opinião os bodyboarders brasileiros são excepcionais. Eu tomei
conhecimento deles durante a etapa européia do campeonato da IBA este ano: Eder
Luciano, Lucas Nogueira, Uri Valadão, Flávio Rodriguez... Todos muito competitivos
e com um estilo diferenciado e espetacular, extremamente técnicos até mesmo nas
pequenas ondas do campeonato. Esses caras parecem dar sempre o máximo que podem
durante o surfe.
Perguntamos também quem eram os caras com que Florantin surfava no seu dia-a-dia,
e ele nos disse que eram pessoas de peso tais como Amaury Lavernhe - que está
no Top 10 -, Laury Grenier, Charly Chapelet e Raphael Rajerinera (todos eles têm
perfis no Focus também). "Na França temos bons atletas, pegue como exemplo meus
amigos Amaury Lavernhe e Pierre Louis-Costes, que sao dois ótimos bodyboarders e que
podem se tornar campeoes mundiais um dia! Isso com certeza te dá real motivação
para se superar nas ondas. Tem muita gente por aqui em níveis elevados de
técnica. Nós também temos uma nova geraçao que está chamando atenção,
algumas daquelas crianças são excelentes, uma delas tem apenas 13 anos de idade,
Clement Lodheo. Ele é o campeão francês na sua categoria este ano, e talvez mais
avançado do que PLC era nessa idade. Não esqueçam de seu nome, pois muito em breve
poderam ouvir falar dele...", afirmou.
Pedimos para que o bodyboarder dissesse como enxerga o esporte daqui uns anos, e
ele disse que "com o uso do jetski tudo parece ser possível. Por enquanto eu ainda
nao pude fazer tow ins ou outs mas eu espero que minha vez chegue logo. Agora,
para o futuro, eu espero honestamente que o bodyboarding se torne mais e mais
popular e tenha mais impacto no mundo dos esportes."
"Agradeço a Liquide por fazer esta entrevista. Agradeço também a Sniper, meu
patrocinador, pela grande ajuda que têm me dado. Eu desejo a todos vocês ótimas
ondas e se um dia quiserem aparecer por aqui é só falar!"
Nós é que agradecemos.
As fotos que ilustram esta entrevista foram cedidas pelo próprio atleta e aquelas
que têm "David Fever" ao lado do nosso logo foram cedidas pelo nosso amigo da
Spongercity e também fotógrafo David.
FOCUSprod_HS_Yoan Florantin from focusbodyboard on Vimeo.